sábado, 12 de setembro de 2009

ACREDITE SE QUISER( Desespero ou má-fé?)



















Não existem evidências históricas da existência de Jesus. Não,caro leitor,não é piada,é uma das alegações do ateísmo militante fundamentalista . Como vocês bem viram,e que tenho certeza ficou bem claro, é mais fácil confiar em um político do que nas provas apresentadas pelos ateus para justificar a teoria da evolução, ou seja na questão da existência de Deus,eles estão em maus lençóis. Então eles tem de atacar em outra frente:"ah vamos alegar que Jesus não é uma figura histórica ,pois ai nós por tabela questionamos a Bíblia". Ora,então seus argumentos devem ser consistentes,pois ninguém faz uma alegação destas levianamente.Ninguém,se estivéssemos falando de um crítico não movido pelo fundamentalismo,mas estamos falando de fiéis seguidores dos 10 mandamentos do ateísmo militante fundamentalista.






Segundo eles historiadores e filósofos importantes da época não se referem á figura histórica de Jesus. Que bom que ao citarem tais,eles relacionam a época em que viveram e escreveram,ou seja o séc. I e meados do séc.II,depois de Cristo. É claro que eles nem atentaram para o fato de que muitos historiadores e filósofos gregos e romanos ,daquele período inicial do cristianismo poderiam muito bem não ter nenhum interesse ou achar irrelevante um grupo de lunáticos que seguiam um obscuro judeu que foi crucificado(forma de execução comum no império romano da época),e que pior dizia-se que ressuscitou dos mortos,o que poderia tornar ainda mais irrelevante(na opinião deles,se referir a pessoas tão insignificante e seus seguidores).






Mas tem um problema,outros historiadores-inclusive um dos maiores,Tácito(Tácito (55 - 120), o grande historiador do Império sob os Flávios, é, acima de tudo, um investigador das causas. http://pt.wikipedia.org/wiki/Historiografia) com certeza superior como historiador(o que pode ser verificado em qualquer pesquisa) sobre os citados pelo ateísmo,e reconhecido pelo caráter investigativo de seu trabalho- relataram sobre Jesus. Ah,mas é claro existem dúvidas sobre se os textos eram deles mesmos.Ou vocês acham que o ateu que escreveu o artigo no qual se baseiam os ateus militantes fundamentalistas,iria admitir que há menção sobre a historicidade de Jesus neste escritos? Se acreditarem nisso vou ser obrigado a achar que vocês podem acreditar até na teoria da evolução. Epa! Mas eles ainda assim querem fechar a questão: Mesmo que fossem autênticos o que são três pequenas menções de grandes figuras daquela época. Eles devem ter escrito muito. É verdade,escreveram,mas perto do tamanho de sua obra o que achegou até nós foram poucas obras e muitos considerados fragmentos. Vocês,meus leitores,em sã consciência,não iam querer que o ateísmo se atentasse para isso,certo?Analisemos mais um pouco.



Tácito por volta do ano 116, falando do incêndio de Roma que aconteceu no ano 64, apresenta uma notícia exata sobre Jesus, embora curta: "Um boato acabrunhador atribuía a Nero a ordem de pôr fogo na cidade. Então, para cortar o mal pela raiz, Nero imaginou culpados e entregou às torturas mais horríveis esses homens detestados pelas suas façanhas, que o povo apelidava de cristãos. Este nome vêm-lhes de Cristo, que, sob o reinado de Tibério, foi condenado ao suplício pelo procurador Pôncio Pilatos. Esta seita perniciosa, reprimida a princípio, expandiu-se de novo, não somente na Judéia, onde tinha a sua origem, mas na própria cidade de Roma" (Anais XV,44).

Suetônio, no ano 120, referindo-se ao reinado do imperador romano Cláudio (41-54), afirma que este ?expulsou de Roma os judeus, que, sob o impulso de Chrestós (forma grega equivalente a Christós), se haviam tornado causa frequente de tumultos? (Vita Claudii, XXV). Esta informação coincide com o relato de Atos 18,2 (?Cláudio decretou que todos os judeus saíssem de Roma?); esta expulsão ocorre por volta do ano 49/50. Suetônio, mal informado, julgava que Cristo estivesse em Roma, provocando as desordens.

Plínio o Jovem, Governador romano da Bitínia (Asia Menor), escreveu ao imperador Trajano, em 112: "...os cristãos estavam habituados a se reunir em dia determinado, antes do nascer do sol, e cantar um cântico a Cristo, que eles tinham como Deus" (Epístolas, I.X 96).
Deixe-me ajudar nossos antagonistas com mais algumas citações para que eles possam também declará-las falsas.



Celsus,filósofo pagão do séc.II,produziu o mais antigo e extenso ataque contra o cristianismo(Discurso Verdadeiro,AD 178). Ele argumentou que Jesus nasceu em má circunstâncias,que era filho ilegítimo de um soldado romano,e quando cresceu anunciou a si mesmo como Deus,enganando a muitos.Celsus acentuou que o próprio povo de Cristo o matou e que sua ressureição foi um engano.Ele nunca negou a existência de Jesus.



Porfírio de Tiro(Ad 233).Estudou filosofia na Grécia,e morou na Sicília,onde escreveu quinze livros contra a fé cristã.Em um de seus livros “A vida de Pitágoras”ele defendeu que mágicos do mundo pagão exibiam maiores poderes que Cristo. Um argumento que foi uma concessão inadvertida da existência e de poderes de Cristo.



Lucian de Samosata(AD 115-200).Conhecido como o “Voltaire” da literatura grega.Escreveu contra o cristianismo com uma hostilidade mais amena.Ele disse que os cristãos adoravam um bem conhecido “ sofista”,crucificado na palestina porque introduziu novos mistérios.Nunca questionou a historicidade de Jesus.
Portanto o primeiro argumento do ateísmo militante fundamentalista quanto á historicidade da figura de Jesus,não se sustenta.




Mas acho que o argumento preferido deles nesta questão é com relação a Flávio Josefo,o maior historiador judeu,que segundo eles não iria se referir a Jesus,como Cristo. Então vamos lá!
De acordo com o estudioso Meier(Meier, John P. A Marginal Jew, Volume 1, Anchor Bible, 2001,pg 60) ,e é fácil concordar com ele,se um cristão tivesse escrito o texto,ele colocaria “Ele era o Cristo”,muito antes no trecho. “Ele era o Cristo” nesta posição aparece claramente fora da ordem lógica,e atrapalha o fluxo do pensamento.Se estivesse presente de qualquer forma,deveria vir após Jesus,ou homem sábio,onde a identificação posterior faria sentido. Muitos estudiosos levantam a questão de que esta frase originalmente era ,” o qual pensava ser o Cristo”,mas um interpolador a mudou,pois ele não poderia deixar tal colocação. Se Josefus tivesse escrito,” ele era o assim chamado Cristo(ho legomenos Christos),seria natural que um revisor cristão tirasse o termo “legomenos”. Portanto “ Ele era o Cristo”,não é original do texto e está fora de lugar. É bem possível,na verdade provável que o texto original declarava “ o qual pensava ser o Cristo”,baseado na evidência manuscrita.






Tal carência de registros seculares (isto é, não ligados à esfera religiosa) não deve surpreender os cristãos de hoje. Primeiro, porque apenas uma pequena fração dos registros escritos sobreviveram ao tempo (nada, nada, são 20 séculos!). Segundo, porque existiam poucos - se é que de fato realmente existiam - "jornalistas" na Palestina do tempo de Jesus. Terceiro, porque os romanos viam o povo judeu como apenas mais um dos grupos étnicas que precisavam tolerar; os romanos tinham pouquíssima consideração para com o povo judeu. Finalmente, porque os líderes judeus também anseiavam esquecer Jesus. Assim, os escritores seculares somente começaram a se referir sobre o Cristianismo quando este movimento religioso tornou-se popular e começou a incomodar o estilo de vida que tinham. Ainda que os testemunhos seculares sobre Jesus sejam raros, existem alguns poucos que sobreviveram ao tempo e faz referências a Ele. Não é de se surpreender que os registros não cristãos mais antigos tenham sido feitos por judeus. Flávio Josefo, que viveu até 98 dC, era um historiador judeu romanizado. Ele escreveu livros sobre a História dos Judeus para o povo romano.



Uma outra fonte judaica, o Talmude, faz algumas referência históricas a Jesus. De acordo com o Dicionário da American Heritage, o Talmude é "a coleção de antigos escritos rabínicos que consiste da Mishná e da Gemara, e que constitui a base da autoridade religiosa para o Judaísmo tradicional". Ainda que não faça referência explícita ao nome de Jesus, os rabinos identificam a pessoa em questão com Jesus. Essas referências a Jesus não são simpáticas nem a Ele nem à sua Igreja. Esses escritos também foram preservados através dos séculos pelos judeus, de maneira que os cristão não podem ser acusados de terem adulterado o texto.
O Talmude registra os milagres de Jesus; não é feita nenhuma tentativa de negá-los, mas relaciona-os como frutos de artes mágicas do Egito. Também sua crucificação é datada como tendo "ocorrido na véspera da Festa da Páscoa", em concordância com os evangelhos (Luc 22,1ss; Jo 19,31ss).



Joseph Krausner,famoso erudito judeu da Universidade Hebraica(o qual não aceita Cristo como o Filho de Deus),concorda com a historicidade de Jesus e que este exerceu uma influência grande no século I e nos subseqüentes.



Vejam vocês leitores o câncer do fundamentalismo,quando procuram provas científicas e históricas da existência de Jesus,eles imediatamente descartam a Bíblia como uma fonte não confiável.No entanto,mesmo que olhemos para a Bíblia simplesmente como um documento histórico ela pode ser colocada tranquilamente como mais confiável quando comparada a outros.Historiadores rotineiramente citam Heródoto como uma fonte-chave para a informação. Ele escreveu de 488 a 428 a.C,e as primeiras cópias de sua obra datam de 900 d.C,ou seja 1.300 anos depois dos fatos narrados,há apenas oito cópias conhecidas de sua obra.






Em contraste o Novo Testamento com todas as suas informações sobre Jesus foi escrito entre 40 d.C e 100 d.C. A primeira cópia conhecida data de 130 d.C, e são conhecidas 5.000 cópias em grego,10.000 em latim e 9.300 em outras línguas.
Qual a prova real de que César existiu? Há dez mil vezes mais evidência arqueológica e manuscrita da existência de Jesus do que de César.
O ônus da prova pertence a quem acusa. Portanto o segundo argumento do ateísmo militante fundamentalista contra a historicidade de Jesus,tampouco se sustenta.

Para finalizar gostaria de que os leitores analisassem a questão das catacumbas romanas.Abaixo de Roma existe um conjunto enorme de galerias que serviam de tumbas e de local secreto de reunião dos cristãos primitivos.Foi estimado que existem 970 quilômetros destas passagens subterrâneas,contando de 1.175.000 a 4.000.000 de sepulturas(Blaiklock 1970, 159). As abóbadas e paredes das catacumbas estão cheias de desenhos e inscrições que testificam da fé abraçada por muitos na capital do império romano. Comum entre estas inscrições é a figura de um peixe,frequentemente com a palavra “ichthus(IXOYC ,grego koinê para peixe) As letras dessa palavra dispostas verticalmente formam um acróstico: Iesùs Christòs Theòu Uiòs Soteèr = Jesus Cristo Filho de Deus Salvador. Acróstico é uma palavra grega que significa a primeira letra de cada linha ou parágrafo. É um símbolo difuso de Cristo, emblema e compêndio da fé cristã. Será que milhões que viveram naqueles primeiros séculos,morreram por um mito. Tal teoria não faz o menor sentido. Espero que o ateísmo militante fundamentalista não ache que algum "homem" pré-histórico fez tais inscrições,até porque não existia nem Roma nem as catacumbas naquela época. Bem mas em se tratando de argumentos dos ateus,não se pode duvidar de nada.
N.B. Caros leitores,qualquer questionamento nos moldes destes quanto a historicidade de Jesus,com argumentos que ignoram completamente o extenso contraditório,serão ignorados,pelos motivos óbvios,entre eles a má-fé.












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