sábado, 1 de agosto de 2009

É VERDADE QUE A GRANDE MAIORIA DOS CIENTISTAS NÃO CRÊ EM DEUS?




Vamos responder a esta pergunta com uma pesquisa realizada em 1997 com cientistas nos EUA e publicada na “ Nature”,uma das mais respeitadas revistas científicas do mundo.Segundo se apurou 40% dos cientistas naquele país crêem em um Deus que responde ás suas orações(portanto não são deístas,aceitam um Deus pessoal),45% não crêem,e 15% não tem certeza.( E. J. Larson e L. William, "Scientists Are Still Keeping the Faith( Os cientistas ainda mantêm a fé?)," Nature 386 (1997): 435--436. ). Vamos analisar mais a fundo a pesquisa.
Os resultados deste trabalho mostram que uma melhor e mais difundida educação,não destrói a necessidade de crer,concluiram Edward Larson,historiador da Universidade da Geórgia e Larry Witham do Seattle's Discovery Institute.Em 1916 o pesquisador James Leuba chocou a nação americana com uma pesquisa a qual revelou que apenas 40% dos cientistas acreditavam em um Ser Supremo.Ele então previu que tal descrença iria aumentar com o desenvolvimento da educação.Para testar esta previsão os pesquisadores atuais reproduziram o mais próximo possível o trabalho de Leuba para os dias atuais. Larson e Witham,assim relataram o resultado para a "Nature":O resultado: Cerca de 40% dos cientistas ainda crêem em um Deus Pessoal e na vida após a morte. Em ambas as pesquisas( atual e antiga),45% não acreditam e 15% têm dúvidas(agnósticos). Eles pesquisaram 1.000 cientistas escolhidos ao acaso listados no ``American Men and Women of Science"( Homens e mulheres americanos da ciência),o equivalente atual á lista de 1910 usada por Leuba. Foi lhes perguntado(lembrando que o modelo foi o mesmo em ambas as pesquisas) se eles acreditavam em um Deus que responderia ás suas orações,se eles acreditavam na imortalidade humana e se eles ansiavam por algum tipo de vida após a morte. Hoje,concluem eles,muitos cientistas ainda não vêem uso para Deus ou a vida após a morte. Contudo até onde a pesquisa consegue apurar o teísmo ocidental não perdeu seu lugar entre os cientistas americanos a despeito de sua preocupação com a realidade material. " Os americanos sem dúvida gostarão de saber que cerca de 40% dos cientistas concordam com eles sobre Deus e vida após a morte".
A premiada jornalista do "New York Times" assim comenta a pesquisa: " Larson não tentou determinar se os cientistas que ele inquiriu eram Cristãos,Judeus,Muçulmanos,ou de qualquer outro credo,nem se eles frequentavam reuniões religiosas ou algum tipo de ritual de alguma fé;ele queria simplesmente determinar o que ocorreu após 80 anos da pesquisa realizada pelo renomado psicólogo ateu James Leuba,o qual perguntou a 1.000 cientistas selecionados ao acaso se eles acreditavam em Deus. Como um devoto ateu Leuba previu que a descrença em Deus iria aumentar com o crecimento da educação.Larson decidiu utilizar exatamente o mesmo método de Leuba para ver se sua previsão se cumpriu.Ele seguiu o mesmo formato da carta de Leuba,com a mesma introdução,as mesmas perguntas,com a mesma linguagem rebuscada de 80 anos atrás. Até mesmo incluiu o mesmo tipo de envelope de resposta." Em sua conclusão Larson sugere que sua pesquisa atual pode ser usada para acalmar o temor público de que a maioria dos cientistas não acreditem em Deus.
Como estamos nos referindo ao país que lidera o mundo,e possui várias das principais universidades do planeta ,com certeza é uma confiável amostragem da opinião mundial. A pesquisa não avaliou o percentual de cientistas deístas,os quais mesmo não crendo em um Deus pessoal,que se relaciona com o homem, admitem a existência de um Criador do universo,o que com certeza diminuiria o percentual dos que não crêem.

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